Dia 19 de março é dia de São José para os Católicos.
O nome do pai de Jesus, segundo os evangelhos canônicos, e mesmo os apócrifos, era Iossef bar-Jacó ou José filho de Jacó. O Evangelho de Lucas (Lc. III) diz que ele era justo, ou seja, era um homem correto, observador da lei de Moisés, que fazia a peregrinação da Páscoa e um excelente pai de família que amava Jesus sobremodo. Nós ainda podemos acrescentar que ele era um médium onírico e um espírito de evolução considerável que aceitou participar da missão de Jesus como seu pai e guardião.
Os evangelhos canônicos nos dizem que ele era carpinteiro (teknon) o que é confirmado nos evangelhos apócrifos que dele tratam como: A História da Natividade de Maria; O Evangelho da Infância; O Evangelho de Nicodemos; O Livro de Theoma, o Israelita e A história de José, o Carpinteiro. As leituras desses apócrifos nos dizem que José fabricava portas, crivos para as charruas, cofres, leitos, cangas para bois; instrumentos de madeira para arar a terra. N’O Livro de Theoma, o Israelita, diz-se também que ele cultivava a terra. Conforme o Evangelho da Natividade de Maria, ele passava grande parte de seu tempo trabalhando em Cafarnaum, visitando Maria em Nazaré e depois voltando para Cafarnaum.
Enquanto pai, José deveria ser muito semelhante à maioria dos pais em Israel, ou seja, amava seus filhos e tinha para com este grande cuidado. No Evangelho de Mateus, há uma passagem interessante em eu Jesus nos diz:
Qual dentre vós, quando seu filho lhes pede pão lhe dá pedras ou quando pedem peixe, lhes dá uma serpente? Assim, pois se vós que sois imperfeitos costumais dar coisas boas a seus filhos, com mais razão vosso Pai que está nos céus dará coisas boas a quem lhe pede (Mt. VII: 11). Note-se que nesta passagem, Jesus faz uma comparação entre os pais da terra e o Pai do céu, ressaltando o comportamento amoroso dos pais deste mundo. Jesus deve ter observado isso quando criança não só entre os homens de sua aldeia, mas, principalmente, observando José.
Nos Evangelhos Canônicos, José desaparece logo depois do episódio em que Jesus menino se perde de seus pais em Jerusalém. A partir de certo momento, os escritores que tratam deste assunto, falam sempre dos filhos de Maria e, do mesmo modo, chamam também a Jesus.
Consoante o Apócrifo A História de José, o Carpinteiro, a doença que levou José à morte foi dolorosa. Ele deixou de comer e beber e perdera seu gosto habitual de trabalhar com a madeira. Nos últimos momentos de sua vida, foi tomado por uma profunda angústia e começou a gemer e a dizer palavras sofridas até que exalou o ultimo suspiro. Ainda segundo esta fonte, ele morreu no dia 26 de junho ao nascer do sol. Muito provavelmente ele haja desencarnado antes da crucificação, pois, no Gólgota, pregado na cruz e prestes a regressar ao Mundo Espiritual, vemos Jesus entregar sua mãe aos cuidados de João, filho de Zebedeu, o que não aconteceria se José estivesse ainda encarnado.
A arte religiosa costuma retratar José como um senhor já grisalho quando do nascimento de Jesus. Na época, era comum que homens mais velhos se casassem com adolescentes.
Acredita-se que José tenha morrido antes de Jesus iniciar as peregrinações, porque ele não aparece nas narrativas sobre o Cristo adulto.
O Evangelho de Mateus relata a fuga da família para o Egito, depois que José sonhou que Herodes iria procurar o menino para matá-lo, por saber que ele seria o novo Moisés. A família ficou no exílio até a morte de Herodes no ano 4 a.C.